Estava me sentindo um palhaço, com toda aquela papagaiada que meu pai me obrigava a fazer pra tal sobrinha da amiga dele, que eu desconfiava pelo jeito que ele falava que eles dois tinham sido bem mais que amigos antes dele ser obrigado a casar com a minha mãe (como ele sempre lembrava). Olhava com cara de desprezo por aquele visual ridículo que eu usava, quando o empregado avisara que as senhoritas Annikki Tykkyläinen e Lumi Targaryen haviam chegado. Avisei que estaria no pátio esperando e corri avisar Nyx que a "Best" dela havia chegado.

- Ooooooi? O papagaio de pirata aqui ta sendo deixado de lado... Vocês estão me vendo aqui? - Comecei a falar enquanto as duas fofocavam como se eu não tivesse ali... - Até onde eu lembro tu so veio por minha causa por que meu pai é tapado e acha que eu vivo a vida inteira só sob a má influência das minhas primas, mal sabe ele que a má influência aqui sou eu... - Mal terminei dizer isso e Lumi mostrou um cristal e disse sobre ir atrás da origem dele. - Claro que eu vou, não posso deixar uma patricinha como você fazer uma cagada dessas sozinha, se não meu pai me mata por deixar uma convidada se ferrar pra lá sei la aonde... 

Resolvido irmos pra caverna, ainda tinha um problema, como? Logo me veio a ideia de pedir ajuda para um dos anciãos da família, alguém que Eddie havia aprendido com o pai que era uma das pessoas mais confiáveis do mundo, e uma das que poderia ensiná-lo coisas inimagináveis também, seu Tio Avô Terry. Quando Lumi expressou a sua preocupação quanto a mais velha, ouvi Tio Terry soltar um gargalhar de longe e comentar que se fosse ela, se preocuparia se iriam embora ainda essa noite, a depender dos dois adultos. Ambos ficamos sem entender a indagação do ancião sobre meu pai e a tia dela... Enfim, tranquilizei-a dizendo que entre nós três manteríamos a nossa parceria, sem delatar um ao outro, e o Tio Terry por mais assustador que parecesse às vezes, era bom pra guardar segredos quando assim o eram confiados.

Ao chegarmos à caverna, Lumi quase capotou, por que tava tonta e vomitando. Me aproximei pra ajudar, mas a garota não aceitou, ainda assim involuntariamente ajudei-a a ajeitar os cabelos, enquanto ela se recompunha. Após isso, enquanto ela falava com o cristal, olhei para ela e para minha prima, esperando pra saber o que ia acontecer em seguida...

Não nego que andar daquela forma, bem próximo à Lumi me deixava com um mix confuso de emoções... Ainda não conseguia entender o que sentia por estar perto dela. Quando percebi que ela naão estava bem, amparei-a e seguimos assim bem próximos, e eu com a cabeça distante, tanto que quando ela me ofereceu uma bala, demorei um pouco a aceitar, mas aceitei de bom grado, com um sorriso estranho no rosto. Ia tudo bem, até quando tudo começou a desmoronar. Abracei fortemente Lumi, com intenção de protegê-la, o que não foi necessário, porém Nyx estava separada de nós. Me assustei tanto com a situação, quanto com a coisa que ia ajudando Lumi, até me lembrar o que poderia ser.

- Lumos- Acendi a varinha quando a garota começou a andar, voltei a me aproximar de Lumi, não sei por que não podia me permitir deixar que algo acontecesse à garota. - Então, o que o cristal diz? Pra onde iremos?