The Selection

Gemma, a irmã de Conrad, estava em busca de seu irmão na escola. Ela tinha uma informação importante para compartilhar: Rosalynn e Guillermo haviam pegado detenção por duelo não autorizado no pátio principal. Gemma era conhecida por sua perspicácia e sagacidade, e estava determinada a encontrar Conrad para compartilhar essa notícia.

Enquanto percorria os corredores da escola, Gemma avistou, de longe, o encontro inusitado na biblioteca entre Audrey e Conrad. Ela observou atentamente a cena, notando a expressão surpresa de Audrey quando esbarrou em seu irmão. Ela percebeu que Conrad reagiu com um sorriso gentil e amigável, mantendo a calma diante do incidente. No entanto, mesmo à distância, Gemma não pôde deixar de notar uma tensão sutil entre os dois, um leve desconforto que não passou despercebido por sua perspicácia.  Decidindo observar mais de perto, Gemma se escondeu habilmente, mantendo-se nas sombras enquanto seguia o casal para fora da biblioteca. Ela continuou a observá-los, curiosa para ver como a situação se desenrolaria. Seu interesse estava na dinâmica entre seu gêmeo, Conrad, e Audrey, a irmã de Aurora.

Após chegar à Comunal da Corvinal, Gemma reuniu alguns de seus amigos mais próximos e compartilhou tudo o que havia testemunhado. Ela destacou a tensão que sentiu entre Conrad e Audrey e a expressão surpresa de Audrey quando se deparou com Conrad na biblioteca. Gemma estava determinada a desvendar os segredos por trás dessa aparente tensão, e seus amigos também se mostraram intrigados com a situação. Eles especularam sobre o que poderia estar acontecendo entre os dois, criando um mistério que apenas o tempo poderia revelar.

aurora?

Antheia caminhava pelos corredores da escola, com a mochila jogada casualmente sobre o ombro, perdida em pensamentos enquanto se dirigia à biblioteca. Os sons dos passos ecoavam suavemente, acompanhando seu ritmo cadenciado, enquanto a luz suave filtrada pelas janelas iluminava seu caminho. Seu coração pulsava com uma mistura de antecipação e alegria, pois finalmente teria um tempo precioso com sua irmã, Aurora. As últimas semanas haviam sido agitadas, com os rumores e as fofocas que circulavam pela escola, incluindo histórias envolvendo suas irmãs, Audrey, Aurora e Angelique. Antheia sentia um misto de preocupação e curiosidade sobre os acontecimentos recentes, mas naquele momento, seu foco estava em se reconectar com Aurora, fortalecendo o vínculo familiar que sempre fora seu porto seguro.

Enquanto avançava pelos corredores familiares, revivia lembranças de infância, dos momentos compartilhados com suas irmãs. A sensação de proximidade e apoio que sempre existira entre elas era um conforto constante, algo que Antheia valorizava profundamente. Finalmente chegando à porta da biblioteca, respirou fundo antes de entrar. Seu coração se aqueceu ao avistar Aurora sentada em uma das mesas, imersa em um livro, com os raios de sol iluminando seus cabelos dourados. Um sorriso brotou no rosto de Antheia ao se aproximar, sentindo a familiaridade e aconchego que a presença de Aurora sempre lhe proporcionava.

—Aurora!— exclamou Antheia suavemente, a voz transbordando de afeto. —Que bom te encontrar aqui. Estava ansiosa por um tempo só nosso.— Aurora ergueu os olhos do livro, seus olhares se encontraram e, em um instante, uma conexão silenciosa se estabeleceu entre elas. Antheia sentiu uma onda de calma e felicidade, sabendo que aquele momento seria especial.  Sentaram-se lado a lado, compartilhando histórias, risos e confidências. Antheia percebeu como as preocupações se dissipavam na companhia de sua irmã, como se a presença de Aurora tivesse o poder de acalmar as turbulências do mundo ao redor.



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aurora?

Antheia sentiu um leve desconforto diante da reação distante de Aurora. Era incomum vê-la agir dessa forma, especialmente considerando a estreita relação que tinham. Observou Aurora concentrada nos estudos trouxas, tentando entender o que poderia estar incomodando tanto sua irmã gêmea naquele momento. —Não, não preciso de ajuda com nenhuma matéria em particular— respondeu Antheia, mantendo a calma e o tom sereno, apesar da atmosfera tensa que pairava entre elas na biblioteca. —Só queria passar um tempo juntas, conversar um pouco. Mas se não é um bom momento, tudo bem— acrescentou, tentando não demonstrar desapontamento com a reação de Aurora.

Um turbilhão de pensamentos cruzava a mente de Antheia. Ela se recordava de momentos passados, dos laços estreitos que compartilhava com Aurora e Audrey. Aquela sensação de distância entre elas era algo que a entristecia. Aisha costumava ser sua confidente, alguém com quem compartilhava alegrias e preocupações. —  Se algo estiver te incomodando, você sabe que pode me contar, certo?— disse Antheia suavemente, tentando oferecer conforto e apoio. Ainda que compreendesse que aquele não parecia ser o momento adequado para uma conversa mais profunda, Antheia queria assegurar a Aurora que estaria ali, sempre disponível para ouvir e ajudar no que fosse necessário.

Percebendo a relutância de Aurora em continuar a conversa naquele ambiente, Antheia decidiu dar um tempo à irmã, respeitando o seu espaço. Levantou-se silenciosamente da cadeira, depositando um breve e terno toque na mão de Aurora antes de se afastar. — Se precisar de algo, estou por perto]— murmurou Antheia, oferecendo um sorriso gentil antes de se por em movimento, deixando Aurora mergulhada em seus estudos e pensamentos, desejando que pudessem ter uma relação  tranquila e cumplice novamente.


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aurora?

Antheia, tocada pela vulnerabilidade de Aurora, parou ao ouvir suas palavras carregadas de pesar. Ela se virou lentamente, encarando Aurora com compaixão e compreensão em seus olhos. —Não precisa se desculpar, Aurora — disse Antheia, aproximando-se novamente da mesa. Ela podia sentir a dor e a confusão nos olhos da irmã gêmea, e isso a entristecia profundamente. — Eu entendo, e não, eu não acredito nessa fofoca. Eu confio em você, em todos vocês pra ser mais exato. Alem de que... inventaram que você tava gravida, ou a Audrey... Cara Conrad é frouxo de mais pra te tocar, quem dirá fazer um filho— Anthei disse em um tom quase irônico coberto por uma risada oculta

Antheia segurou as mãos de Aurora com carinho, oferecendo-lhe um sorriso suave. —Você sabe que sempre estarei aqui para você, não é? Não importa o que aconteça ou o que as pessoas digam, nossa ligação é mais forte do que qualquer rumor. — Ao perceber o pedido de um abraço de Aurora, Antheia envolveu-a em um afetuoso abraço, transmitindo todo o amor e apoio que sentia pela irmã. Era um gesto que expressava mais do que mil palavras, um elo que transcendia qualquer mal-entendido ou inquietação. —  Eu te amo, maninha — Antheia permaneceu ali, segurando Aurora com ternura, oferecendo o conforto e a segurança que ela precisava naquele momento de vulnerabilidade.

— Estou aqui, Aurora. Sempre estarei —sussurrou Antheia com gentileza, mantendo o abraço por mais algum tempo, transmitindo a certeza de que poderiam superar juntas quaisquer dificuldades que surgissem no caminho. Não demorou para que ela se afastasse tocando os cabelos loiros da irmã com um sorriso levemente fraternal — Mas tirando essa fofoca, que agora diz que Angie está por ai se esfregando com o boy da Aisha, como você está? e Conrad?— ela perguntou fitando a loira enquanto voltava a se acomodar na mesa para fofocarem.


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aurora?

 A mais velha ouviu as palavras quase cuspidas de Aurora e deixou sua expressão de desprezo ficar nítida conforme ela continuava falando —Cara, vocês são dois pé no saco... se merecem. Em vez de se beijarem, se conhecerem mais, vão gastar energia indo fofocar com a diretora. Aurora, sinceramente, não sei qual de vocês ta sendo mais desperdício de beleza no momento. — A tensão pairava no ar enquanto as palavras ásperas escapavam da boca da mais velha, atingindo Aurora como flechas afiadas. A expressão de desprezo estampada no rosto daquela figura mostrava uma mistura de desagrado e desapontamento, revelando um momento de confronto entre emoções intensas e uma sinceridade brutal. As palavras, quase cuspidas, ecoaram pela sala, carregadas de uma crueza que feria profundamente. Era um instante tenso, permeado por um diálogo carregado de sentimentos contundentes e palavras afiadas como lâminas.

As palavras ditas fizeram com que a corvina se arrependesse de forma quase que instantânea assim que foram ditas e aquilo fez com que ela se ajeitasse na cadeira para fitar a irmã agora menos afogada — Desculpa, mas alguém precisava te dizer isso, vocês precisam de um sacode. Eu sei o quanto a morte de Aisha te afetou e afeta. E é por te amar que te digo essas coisas.  Conrad te ama, ele lambe o chão pra você passar, mas o que te garante que ele não vai cansar de ser apenas um cãozinho assim que ver como é ser correspondido. Nossa irmã se foi e é hora de aceitar isso e focar em você e nesse relacionamento leite com chocolate que tu cultivo. Só pra constar, se aquele Um Sereiano te ama! te trair, eu castro ele. Ninguém magoa minha irmã e sai impune— ela falou esticando a mão para a mesma como se pedisse paz após as palavras ásperas.

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aurora?

Antheia observou Aurora, percebendo a mágoa refletida em seus olhos e a determinação em suas palavras. O impacto das próprias palavras ásperas e julgamentos parecia ecoar na atmosfera carregada entre as duas gêmeas. Havia uma tensão palpável no ar, uma espécie de confronto emocional entre a sinceridade bruta e a necessidade de defender suas respectivas posições. A expressão de Aurora era uma mistura de resolução e vulnerabilidade, um reflexo da ferida aberta pelas palavras da mais velha. Antheia sentiu um aperto no coração ao ver a recusa de Aurora ao seu gesto, percebendo que suas palavras haviam causado um impacto profundo.

—Entendo, Aurora—murmurou Antheia com sinceridade, tentando controlar suas próprias emoções diante da situação tensa. —Eu não deveria ter dito aquilo. Fui impulsiva e julgadora, e me arrependo de ter te magoado.— Antheia percebeu a importância de suas palavras, reconhecendo o peso das acusações feitas de forma precipitada. Ela se aproximou novamente de Aurora, não mais para oferecer desculpas, mas para expressar sua preocupação e carinho pela irmã.

—Sei que o Conrad é respeitador, e sinto muito se te fiz sentir julgada ou desrespeitada. Não foi minha intenção — acrescentou Antheia, desejando reparar a dor causada por suas palavras. —Você é importante para mim, e espero que possamos superar isso juntas.— Antheia tentou transmitir um olhar de compreensão e empatia, sabendo que recuperar a confiança de Aurora levaria tempo. Ela viu Aurora se preparar para partir em direção à Sala Comunal, sentindo uma sensação de pesar e desejo de consertar o que havia sido quebrado naquele diálogo conturbado entre elas.

OFF COM AURORA

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